A sessão plenária do Congresso Americano de Urologia (Boston, maio/2017) apresentou brilhante discussão sobre terapias minimamente invasivas para tratamento da HBP (Hiperlasia Benigna Prostática).
Em geral, comparado com a terapia tradicional de RTU (Ressecção Transuretral), o tratamento com laser tem apresentado menor tempo de cateterização (uso de sonda), alta hospitalar mais precoce e diminuição das complicações cirúrgicas perioperatórias.
Um estudo duplo-cego, randomizado, realizado no ano de 2015 (GOLIATH Study) com 281 pacientes concluiu que o uso do laser proporciona uma cirurgia mais segura que a RTU de próstata, principalmente em pacientes anticoagulados e em pacientes de alto risco. Também mostrou que a curva de aprendizado do cirurgião com esta técnica é curta e vem diminuindo com o uso de simuladores.
Os resultados funcionais em termos de sintomas urinários obstrutivos (questionários de sintomas e flluxo máximo) foram iguais nos dois grupos, entretanto o número de reintervenções cirúrgicas por sangramentos foi cinco vezes maior nos pacientes submetidos a RTU, comparado com os que se submeteram ao tratamento com laser.