O estudo abaixo foi publicado no British Journal of Urology e teve sua relevância comentada no Journal of Urology do último mês por um expert em Disfunção Erétil, o Dr. Allen D. Seftel.
AUTORES: Eric Chung*† and Ross Cartmill* *Department of Urology, Princess Alexandra Hospital, University of Queensland, and †St. Andrew ‘s Pelvic Medicine Centre, St Andrew ‘s War Memorial Hospital, Brisbane, Qld, Australia
Objetivo
Avaliar a eficácia, segurança e taxa de satisfação de pacientes com Terapia por Ondas de Choque Extracorpórea de Baixa Intensidade (LiESWT) em homens australianos com disfunção erétil (DE). As ondas de choque induzem neovascularização e potencialmente aumentam a perfusão sanguínea do pênis, melhorando a função erétil.
Pacientes e Métodos
Foram avaliados antes e depois da aplicação do tratamento: Índice Internacional de Função Eretil (IIEF-5), a demografia dos pacientes e a pontuação da satisfação geral. O tratamento consistiu em 3000 ondas de choque (1000 ondas de choque na ponta do pênis, 1000 na base do pênis e 1000 na zona perineal do pênis. Foram duas aplicações por semana durante 6 semanas.
Resultados
Todos os pacientes apresentavam disfunção erétil e relatavam falha com tratamento oral com o uso de inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (ex: Viagra, Levitra, Cialis) há mais de 18 meses. Nenhum efeito colateral da LiESWT foi relatado. A maioria dos pacientes relatou melhoria no IIEF-5. 67% dos pacientes estavam satisfeitos e 80% deles gostaria de recomendar a mesma terapia aos seus amigos.
Conclusão
LiESWT parece melhorar a função erétil, é seguro e apresenta um papel importante na reabilitação peniana de homens que falharam à terapêutica clínica com medicamentos orais.
Fonte Bibliográfica: British Journal of Urology Int 2015; 115, Supplement 5, 46–49
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Comentário Editorial do Dr. Allen D. Seftel publicado no Journal of Urology, November 2015, Volume 194, Issue 5, Page 1364
Este foi um estudo aberto prospectivo dos efeitos da terapia de choque de baixa intensidade em pacientes com disfunção erétil (DE). A avaliação da Função Erétil foi avaliada pelo questionário IIEF-5-. O tratamento consistiu em 3.000 ondas de choque (1.000 para zona distal do pênis, 1000 para base do pênis e 1000 para corpos cavernosos no períneo) duas vezes por semana durante 6 semanas. Todos os pacientes haviam falhado com o uso de comprimidos inibidores da fosfodiesterase tipo 5, e a maioria dos pacientes tinha Disfunção Erétil DE por mais de 18 meses (intervalo de 6 a 60, com média de 21,8). Não foram observados efeitos colaterais da terapia por ondas de choque de baixa intensidade. A maioria dos pacientes (60%) relatou uma melhora na pontuação. Assim, esta terapia parece ser promissora para pacientes selecionados com DE.