Mudanças na circunferência não afetam muito a saúde psicossocial em homens com doença de Peyronie, relata um estudo recente do Journal of Sexual Medicine.
Após uma análise multivariada, os pesquisadores determinaram que “apenas o grau de curvatura foi preditivo de incômodo significativo”.
Isso implica que a curvatura é o aspecto mais incômodo da doença de Peyronie, pois o grau de curvatura tem mais impacto psicossocial do que até mesmo mudanças significativas na circunferência.
A doença de Peyronie é marcada por área de tecido cicatricial, ou placas, que tornam o pênis menos elástico. O resultado é deformidade peniana, geralmente com curvatura significativa. No entanto, outros tipos de deformidades são possíveis, como recortes e efeitos de dobradiça.
Outro é o afilamento peniano, quando as medidas da circunferência variam ao longo da haste. Uma deformidade de “gargalo” ocorre quando a haste distal (em direção à ponta) é mais estreita que a base (mais próxima ao corpo). Em contraste, uma deformidade em “cabeça de cobra” ocorre quando a base é mais estreita do que a haste distal.
Homens com a doença de Peyronie também podem sentir dor, ter problemas de ereção e lutar com problemas psicológicos e sociais. Para alguns, a relação sexual é difícil ou impossível, e os relacionamentos podem ser prejudicados. Baixa confiança e baixa auto-estima são comuns.
Este estudo incluiu 131 homens com doença de Peyronie que foram atendidos em uma clínica de medicina sexual de 2014 a 2019. Eles tinham idades entre 31 e 78 anos, com uma idade média de 59. A duração média da doença de Peyronie foi de 16 meses, e todos tinham curvatura no meio do eixo (média de 37 graus).
Comprimento peniano, circunferência e instabilidade foram analisados. Os homens também completaram três ferramentas de avaliação: o Questionário de Doença de Peyronie (PDQ), o Questionário de Autoestima e Relacionamento (SEAR) e a Escala de Depressão do Centro de Estudos Epidemiológicos (CES-D).
No geral, a medida média da circunferência entre a base do pênis e o ponto de curvatura máxima foi de 0,78 centímetros, representando uma diferença de 6%. 54 homens tiveram uma diferença de circunferência de pelo menos um centímetro e 23 homens tiveram uma alteração de circunferência de pelo menos 10%. Instabilidade foi relatada em 53% deles.
As pontuações nos três questionários indicaram que, em geral, as mudanças na circunferência não tiveram efeitos negativos sobre os homens. Os graus de incômodo foram semelhantes, independentemente das diferenças de circunferência. No entanto, os homens com uma diferença de circunferência de 10% ou mais apresentaram taxas mais altas de depressão.
O estudo está entre os primeiros (e maiores) a investigar os efeitos das diferenças de circunferência em homens com doença de Peyronie, acrescentaram. No entanto, eles reconheceram que o tamanho da amostra era pequeno e que estudos maiores podem mostrar maior impacto psicossocial.
As descobertas podem ajudar os médicos no aconselhamento aos homens com a doença de Peyronie.
Fonte Bibliográfica:
The Journal of Sexual medicine, VOLUME 17, ISSUE 8, P1560-1565, AUGUST 01, 2020
Evaluating the Impact of Penile Girth Discrepancy on Patient Bother in Men With Peyronie’s Disease: An Observational Study
2 respostas
Gostaria de receber informações sobre o vlr. Para realizar implante maleável peniano.
Tenho a doença de peyronie e disfunção erétil.
Não consigo ter uma relação com penetração.
Boa tarde Luiz! Sim vamos contactar para agendar uma consulta. Pacientes com doença de Peyronie e disfunção erétil associada são candidatos ao implante de prótese peniana. Verifique no nosso blog técnica desta cirurgia onde realizo incisões de relaxamento na placa (associado ao implante de prótese) para recuperacão de parte o tamanho peniano perdido causado pela doenca de peyronie.