Métodos de Diagnóstico e Estadiamento:
Para o estadiamento clínico do câncer de próstata são necessários: toque retal, dosagem do PSA total, ultra-sonografia transretal, interpretação dos dados oferecidos pela biópsia prostática e escore de Gleason.
Toque Retal: tem sido o método mais utilizado para avaliar a extensão do envolvimento local do câncer de próstata, sendo a base dos principais sistemas empregados no estadiamento clínico dos tumores dessa glândula. O exame apresenta limitações, por ser dependente do examinador e impreciso na identificação de doença extraprostática. Mesmo assim, o toque retal é etapa obrigatória na avaliação clínica dos pacientes com mais de 50 anos, com ou sem queixas urinárias. A palpação de um nódulo no toque está associada a uma incidência de 36% de CA de próstata, enquanto que há apenas uma incidência de 5% em pacientes com toque normal.
PSA: é muito útil no screening, juntamente com o toque digital. Também serve para folow-up de resposta ao tratamento do CA de próstata pós-prostatectomia ou radioterapia É uma glicoproteína produzida quase que exclusivamente pelo tecido prostático, sendo de fundamental importância na avaliação da patologia prostática. Não é um marcador tumoral específico; cerca de 25 a 30% dos homens com HPB apresentam valores elevados de PSA. Estima-se que 1g de tecido com HPB aumente o PSA em 0,3 ng/ml, enquanto que 1g de adenocarcinoma o eleva em 3 ng/ml. Níveis de PSA acima de 10 ng/ml indicam alta probabilidade de neoplasia, enquanto níveis abaixo de 4 ng/ml tornam a probabilidade de carcinoma muito pequena (menor que 20%). Quando o valor do PSA está entre 4 e 10 ng/ml, deve-se fazer a relação entre PSA livre e PSA conjugado. Os níveis de PSA exibem uma correlação com a magnitude clínica da doença.
Tratamento: Ao planejar o tratamento, deve-se levar em consideração principalmente a extensão da doença, o grau histológico do tumor e as condições gerais do paciente.