O que você precisa saber sobre a vigilância ativa do câncer de próstata?

PSA-alto-sempre-e-cancer-de-prostata

A cirurgia de câncer de próstata por robótica é um procedimento em que os médicos urologistas realizam a remoção da próstata, auxiliados por um robô, o que garante melhor visão e maior precisão de movimentos.

Pode ser empregada em diferentes estágios do câncer. Mas nem sempre é necessário realizar o tratamento logo após o diagnóstico. Muitas vezes, podemos monitorar a doença.

Esse monitoramento do câncer prostático é chamado de vigilância ativa, uma medida que oferece vantagens aos pacientes que apresentam doença pouco agressiva.

O que é a vigilância ativa?
É preciso que fique claro que vigilância ativa não significa fazer nada. O médico irá acompanhar de perto a evolução do paciente, observando se o tumor progride ou se mantém inalterado.

Normalmente, a vigilância ativa é o método adotado quando o paciente apresenta um baixo volume de tumor pouco agressivo, que possui crescimento lento.

Quem pode fazer?
Indicamos vigilância para pacientes que apresentam doença localizada (o câncer está apenas na próstata e não invade estruturas vizinhas), baixo volume tumoral (idealmente apenas 1 dos 12 fragmentos da biópsia acometidos), doença pouco agressiva (idealmente escore de Gleason 6) e baixo PSA (menor que 10). Chamamos essas condições de doença mínima.

Como funciona?
Podemos discutir a vigilância ativa com o paciente, somente após o paciente ser submetido a biópsia e confirmarmos o diagnóstico do câncer de próstata, bem como os aspectos de doença mínima descritos acima.

Embora não haja consenso sobre como deve ser realizada a vigilância ativa, geralmente optamos por realizar os seguintes exames:

Exame de toque retal a cada seis meses, pois permite detectar sinais sugestivos de progressão do tumor;
Exame de sangue PSA a cada seis meses, cuja elevação pode estar relacionado a aumento do volume tumoral;
Ressonância magnética a cada seis meses, exame que permite avaliar volume tumoral e sinais de invasão de estruturas vizinhas;
Biópsia de próstata uma vez por ano, que permite avaliar mais precisamente se houve aumento de volume e de agressividade do tumor. Por ser muito invasiva, porém, boa parte dos urologistas, opta por espaçar essa frequência.
Como saber se apenas a vigilância ativa é o suficiente?
Os resultados dos exames descritos acima nos ajudam a entender se tumor de próstata apresenta aumento de volume e/ou agressividade.

Enquanto a doença mantiver características de baixo volume, baixa agressividade e não houver sinais de invasão de estruturas vizinhas, podemos manter o paciente em vigilância ativa.

Havendo, porém, confirmação ou, pelo menos, forte suspeita de progressão da doença, é preciso rediscutir a conduta com o paciente, reforçando a necessidade de tratamento curativo por meio de remoção cirurgia robótica da próstata ou outros tratamentos como radioterapia e ultrassom de alta frequência.

Vantagens e desvantagens da vigilância ativa?
A não realização imediata do tratamento permite poupar o paciente de internação cirúrgica, eventuais complicações operatórias ou efeitos danosos da radioterapia.

No entanto, é preciso destacar que, muitas vezes, a biópsia não permite uma avaliação adequada da agressividade do tumor, isto é, o câncer pode ser mais agressivo do que a biópsia sugere.

Isso ocorre em cerca de 30-40% dos pacientes submetidos a cirurgia, em que a análise da próstata pelo médico patologista revela doença mais agressiva que a biópsia indicava. Chamamos isso de subestadiamento, que pode retardar a execução da cirurgia quando, na verdade, deveria ser realizada precocemente.

Por se tratar de uma discussão bastante complexa, recomendamos discutir todas essas questões com o médico urologista.

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Download Formulários

Biópsia por Agulha

Biópsia Prostática

Cirurgia da Curvatura Peniana na Doença de Peyronie

Cistolitotomia

Cistolitotomia Videolaparoscópica

Cistolitotripsia Transcistoscópica

Colocação de Cateter Duplo J Trasureteral

Correção Cirúrgica de Incontinência Urinária

Geral - Operações Cirúrgicas

Implante de Prótese Peniana Maleável

Litotripsia Extracorpórea por Ondas de Choque (LECO)

Nefrectomia Parcial por Calculose

Nefrectomia Radical com ou sem Linfadenectomia Retroperitonial

Nefrectomia Videolaparoscópica

Nefrectomia Videolaparoscópica do Rim Doador do Transplante Renal

Nefrolitotomia Anatrófica por Calculose Renal

Nefrolitotomia Simples por Calculose Renal

Nefrolitotripsia Associada à Endopielotomia Percutânea

Nefrolitotripsia Percutânea

Nefrolitotripsia Transureteroscópica

Nefrolitotripsia Transureteroscópica com Endopielotomia

Nefropaxia Videolaparoscópica

Nefrostomia Percutânea

Orquidopexia

Orquiectomia Bilateral

Orquiectomia Unilateral por via Inguinal

Pielolitotomia (Calculose Renal)

Pieoloplastia Videolaparoscópica

Postectomia

Prostatectomia para H.P.B. Transvesical ou Retropúbica

Prostatectomia Radical Retropúbica com Linfadenectomia

Prostatectomia Radical Videolaparoscópica

Ressecção Transuretral da Próstata

Ressecção Transuretral de Tumor Vesical

Tratamento Cirúrgico da Hidrocele

Tratamento Cirúrgico da Varicocele

Tratamento Cirúrgico Videolaparoscópico de Cisto Renal

Tratamento Endoscópico da Ureterocele

Ureterolitotomia

Ureterolitotripsia Transureteroscópica

Uretrotomia interna

Ureterolitotomia Videolaparoscópica

Nefroureterectomia Videolaparoscópica

Uretroplastia

Vasectomia

Correção cirúrgica de tortuosidade peniana congênita

💬 Tire todas suas dúvidas conosco!