Ultrassom Peniano com Doppler – A Doença de Peyronie é uma doença que geralmente acomete indivíduos de meia-idade.
Sua etiologia ainda não é completamente conhecida, porém se acredita que microtraumas repetidos durante a relação sexual iniciariam um processo inflamatório na túnica albugínea (camada dura do pênis que reveste o corpo esponjoso) nos indivíduos suscetíveis.
As lesões causam inflamação da túnica albugínea levando a áreas de espessamento, formação de fibrose e, por último, placas calcificadas. A elasticidade normal da albugínea é perdida na região dos focos de tecido fibrótico. As placas e/ou tecido cicatricial albugíneo são endurecidos e ficam com menor elasticidade, fato esse que impede a distensão normal da albugínea durante a ereção. O lado comprometido não se distende e leva à curvatura durante a ereção, o que dificulta a penetração durante o coito.
A ultra-sonografia peniana é útil e precisa na avaliação da espessura da túnica albugínea. Este exame também poderá demonstrar placas ecogênicas em aproximadamente 25 % dos pacientes e espessamento da túnica albugínea em 75 % dos casos.
A disfunção erétil é outra alteração associada à doença de Peyronie possivelmente pela progressão e extensão do processo de fibrose para o interior dos corpos cavernosos com conseqüente comprometimento vascular e/ou nervoso.
A única desvantagem da ultra-sonografia na avaliação da doença de Peyronie é em relação às placas inflamatórias. Estas são mais bem avaliadas pela ressonância magnética. Um estudo com ultra-sonografia e mapeamento por Doppler colorido mostrou que 70,6% dos pacientes com Peyronie apresentavam disfunção erétil, sendo que destes 87,5% apresentavam doença vascular associada.
As placas aparecem ecogênicas preferencialmente na periferia dos corpos cavernosos e predominantemente na face dorsal do pênis, porém, muitas vezes, podem passar despercebidas, principalmente no pênis em estado flácido. Por isso deve-se sempre valorizar a história relatada pelo paciente e o local apontado por ele como ponto de curvatura pois isto tornará mais evidente o local de espessamento albugíneo no local do encurvamento.
Por isso o exame de ultrassom de pênis para avaliar doença de Peyronie deve ser realizado preferencialmente com teste de ereção fármaco-induzido. Avaliando o pênis do paciente com ereção durante o exame, o médico poderá avaliar melhor a função erétil deste paciente, assim como a anatomia e a complexidade da tortuosidade deste pênis.
Na nossa clínica, além de um laudo detalhado, fornecemos ao paciente um vídeo com alguns segundos demonstrando o pênis durante a ereção. Isso possibilita ao urologista ter as melhores informações posssíveis para indicar a melhor conduta para este paciente.
O Dr. Alessando Rossol realiza o Ultrassom Peniano com Doppler na Clínica de Urologia e Andrologia em Porto Alegre. O tempo aproximado do exame é de aproximadamente 45 minutos. É ambulatorial: após a realização do exame, o paciente é liberado com as orientações e cuidados necessários.
Fonte Bibliográfica:
Curso Teórico -Prático de Ultrassom Peniano com Doppler realizado pelo Dr. Rossol no InRAD – HCFMUSP – 28 e 29/05/2021