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Andropausa – Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino

O Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM), ou andropausa, decorre da diminuição da produção de testosterona, hormônio masculino produzido nos testículos.

A andropausa pode causar grande variedade de sinais e sintomas e estar relacionada a diversas enfermidades do homem. No diagnóstico da andropausa, leva-se em conta o que o indivíduo sente e/ou apresenta durante o exame físico para avaliação das possíveis causas.

Nos homens, os níveis de testosterona diminuem, em média, 1-2% por ano, após os 45 anos.

Talvez uma das maiores descobertas da andrologia nos últimos dez anos foi que a manutenção do nível da testosterona plasmática dentro de um patamar fisiológico, de acordo com as necessidades biológicas individuais, é fundamental para manter o equilíbrio e bom funcionamento de todos os órgãos e sistemas biológicos. A testosterona atua como um maestro que rege uma orquestra que, sob a sua batuta, se harmonizam as funções: cardiovascular, cerebral, muscular, sexual, óssea, entre outras. A recomendação atual é que, na suspeita de DAEM, a avaliação clínica geral e hormonal do paciente é fundamental para que se estabeleça o diagnóstico etiológico e diferencial de forma correta.

Muitos homens não estão seguros da maneira mais adequada de escolher um médico. O urologista é um dos especialistas que se ocupa da investigação, diagnóstico e conduta desta enfermidade.

O que é testosterona?

A testosterona é um dos hormônios mais importantes do sexo masculino. Esse hormônio não apenas controla o desenvolvimento das características sexuais do homem e as funções de reprodução do seu corpo (desejo sexual, ereção, desenvolvimento e maturação do espermatozoide) como também desempenha papel decisivo na sua saúde e bem-estar físico e mental como um todo.
Sabe-se que a deficiência de testosterona pode causar grande variedade de sinais, levando a algumas doenças características do sexo masculino e à redução das ações desse hormônio necessárias à saúde do homem.

Muitos não sabem a quem procurar para saber mais sobre o assunto. O melhor seria começar pelo médico da família. No entanto, também existem vários especialistas que se ocupam de problemas masculinos específicos, como urologistas e endocrinologistas.

Quais são os sintomas da Andropausa no homem adulto?

Algumas doenças e o próprio envelhecimento mimetizam os sinais da andropausa. A deficiência de testosterona se manifesta clinicamente por múltiplos sintomas, desde os sexuais até os menos específicos, que se refletem na queda do desempenho físico e mental e em problemas neuropsiquiátricos (como depressão, ansiedade, irritabilidade e dificuldade de concentração).

Os sintomas não específicos da andropausa raramente são reconhecidos como decorrentes de deficiência androgênica, sendo, assim, atribuídos ao estresse causado pelo trabalho ou a dificuldades do cotidiano. Eventualmente, alguns homens com deficiência de androgênios apresentam sintomas não específicos da andropausa, como ondas de calor, suores e sensação de frio, náuseas e palpitações.
Tais sintomas prejudicam a vida sexual, provocando a redução do desejo (libido) e da capacidade de ereção. Entre tantos sinais e sintomas da andropausa, um dos maiores é a ausência de ereções espontâneas pela manhã.

Como a produção de espermatozoides é controlada pela testosterona, a infertilidade também pode ser um dos sinais e sintomas da andropausa. Conforme o grau de deficiência da testosterona, pode haver também variação dos sinais e sintomas da andropausa, como mudanças do padrão masculino de pelos (crescimento reduzido da barba e diminuição de pelos).

Existe correlação entre DAEM e Diabete Melito tipo II (não insulino-dependente). Entre outros sinais e sintomas da andropausa, pode ocorrer perda de massa muscular, o que induz à redução da força muscular e à tendência de aumento da distribuição de gordura, com acúmulo no abdômen. Se os sinais e sintomas da andropausa não forem tratados, pode haver agravamento do quadro, como osteopenia, que em alguns casos evolui para osteoporose (diminuição da densidade mineral óssea), levando ao aumento do risco de fraturas. Esse fato pode agravar-se com a redução concomitante da massa muscular. O cuidado deve ser maior entre os homens que apresentam outros fatores de risco de osteoporose. Homens hipogonádicos têm chance 66% maior de desnvolver fratura do quadril. A testosterona ainda estimula a produção de glóbulos vermelhos (hemácias), portanto, a anemia pode, em alguns homens, ser um dos sintomas de andropausa.

Nem todos os homens com deficiência de testosterona apresentam, ao mesmo tempo, os sinais e sintomas de andropausa descritos acima. O quadro normalmente evolui de maneira lenta e progressiva e se acentua de acordo com o grau de deficiência e com o tempo de permanência dos baixos níveis de androgênios.

Estudos recentes têm demonstrado diminuição da mortalidade em homens com DAEM que realizam reposição hormonal. Esta diminuição de mortalidade se deve principalmente por eventos cardiovasculares.

FONTE BIBLIOGRÁFICA
Campbell-Walsh: Tratado de Urologia, 9a. Edição.
Urologia Fundamental, 2010 – Sociedade Brasileira de Urologia.
AUA 2012 – Atlanta

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Comentário: Quem é um candidato para a terapia de testosterona? Uma síntese de opiniões de especialistas internacionais

Abraham Morgentaler, MD – Em agosto de 2012, no Encontro Mundial de Medicina Sexual em Chicago, tive a honra de dirigir um curso de pós-graduação intitulado: Quem é um candidato à terapia de testosterona? O tópico foi escolhido para abordar um dos aspectos mais controversos e confusos da terapia com testosterona (TRT). Um painel internacional de especialistas foi selecionado, e cada um foi convidado a apresentar suas opiniões e práticas, com base em suas próprias experiências clínicas e andrógenas relacionados com interesses de investigação. Os especialistas foram Mario Maggi da Itália, Michael Zitzmann da Alemanha e Mohit Khera dos Estados Unidos. O objetivo deste relatório era compartilhar as valiosas perspectivas desses especialistas clínico-pesquisadores com o público leitor.

A testosterona (T) está disponível como terapia médica desde a década de 1930. No entanto, a sua utilização foi limitada até os últimos 10-15 anos, quando as taxas de prescrição começaram a aumentar rapidamente. Este aumento no TRT aparece devido a uma combinação de fatores, incluindo o aumento da consciência da deficiência de T, também conhecida como hipogonadismo ou hipogonadismo de início tardio, como condição tratável, a publicação de numerosos estudos que documentam os benefícios da TRT. Diminução dos riscos, particularmente câncer de próstata e a introdução de novas formulações comerciais de T, tiveram  divulgação e marketing associados. No entanto, apesar da longa história de TRT, tem havido pouca padronização quanto à avaliação e gerenciamento da TRT.

Esta falta de consenso causa confusão entre os clínicos e representa um obstáculo significativo que impede o uso apropriado de TRT. A confusão decorre de uma série de fatores: a disponibilidade de ensaios múltiplos para determinar o status androgênico, como T total, livre e biodisponível, com proponentes para cada um, diferentes intervalos de referência de laboratório, correlação clínica limitada entre concentrações séricas de T e sintomas e experiências clínicas que diferem das diretrizes publicadas.

Vários grupos de especialistas e sociedades especializadas tentaram abordar estas questões com orientações ou recomendações publicadas. Estes incluem a Sociedade Endócrina nos Estados Unidos, orientações conjuntas em nome de um número de sociedades andrológicas internacionais, e recomendações da Consulta Internacional sobre Medicina Sexual.

Com pequenas variações, essas diretrizes afirmam que o diagnóstico de TRT só deve ser feito em homens com sintomas característicos ou sinais de déficit hormonal em combinação com uma Testosterona baixa. Na versão 2006 das diretrizes da Sociedade Endócrina, uma T abaixo de 300 ng / dL (10,4 nmol / L) foi definido como o limiar de diagnóstico.

No entanto, na versão atualizada de 2010, os médicos foram encaminhados para os intervalos de referência de seu próprio laboratório. Recomendações das sociedades internacionais conjuntas apoiam indiretamente um limiar de 350 ng / dL (12 nmol / L), afirmando que os homens com concentrações séricas de T acima deste nível geralmente não beneficiam de tratamento. A Consulta Internacional sobre Medicina Sexual repete este limiar, mas observa que o tratamento pode ser razoavelmente oferecido a homens sintomáticos com concentrações mais altas baseadas no julgamento clínico. Todos os grupos recomendam a obtenção de um segundo teste confirmatório total de testosterona (TT) antes de iniciar o tratamento. O uso de T livre ou biodisponível tem sido recomendado por estes grupos apenas como um teste secundário quando o T sérico fornece resultados pouco claros.

Estas diretrizes fornecem um guia valioso para os clínicos novos para o campo. No entanto, as diretrizes têm limitações importantes. Em primeiro lugar, no caso específico das orientações relativas a T, cada um dos documentos publicados reconhece que a qualidade das evidências de apoio para as suas principais recomendações é pobre. Nenhum estudo revelou qualquer concentração específica de T que distinga de forma confiável os homens que responderão ao tratamento de homens que não o farão.

Em segundo lugar, as diretrizes representam documentos de consenso criados por grupos de indivíduos, cujas práticas próprias podem diferir substancialmente uma da outra. Como resultado, as diretrizes e recomendações finais podem não refletir a prática clínica real de qualquer membro do comitê. Terceiro, as diretrizes tendem a produzir recomendações que refletem práticas “ideais”, que podem diferir das circunstâncias “no terreno” para o clínico praticante.

Portanto, há um valor considerável no aprendizado de como especialistas individuais abordam o problema de identificar candidatos para TRT. As práticas de cada um dos peritos que contribuíram para este relatório foram aprimoradas por anos de experiência e informadas por suas próprias observações e pesquisas.

The Journal of Sexual Medicine

Volume 11, Issue 7, pages 1636–1645, July 2014

  1. Abraham Morgentaler MD1,*,
  2. Mohit Khera MD2,
  3. Mario Maggi MD3 and
  4. Michael Zitzmann MD, PhD4

Article first published online: 2 MAY 2014

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Discussão sobre hipogonadismo no AUA 2017  – Congresso Americano de Urologia

A atual definição de hipogonadismo masculino, assim como as indicações de reposição hormonal ainda são assunto de controvérsia no meio urológico.

O Dr. Wayne Hellstrom, professor da Tulane University School of Medicine, moderou um debate sobre este assunto na plenária do Congresso Americano de Urologia, em Boston.

Para alguns pesquisadores, o declínio dos níveis de testosterona, com o envelhecimento masculino, é considerado fisiológico, entretanto para outros é considerado patológico.

Em março de 2015, o FDA (US Food and Drug Administration) publicou que os pacientes hipogonádicos que fazem reposição hormonal devem ser advertidos pela indústria farmacêutica sobre a possibilidade do aumento de risco para infarto e AVC.

A reposição de testosterona pode ser indicada para homens com testosterona baixa, deficiência de LH ou gonadotrofinas mais sintomas de hipogonadismo

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